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As Perturbações da Personalidade




Cada ser humano possui um conjunto de características associadas à sua maneira de ser. Estes traços personalísticos revelam padrões de pensamentos, estados emocionais e comportamentos.

Por exemplo, é comum conseguirmos identificar alguém como sendo calmo ou agitado, alegre ou tristonho, mais racional ou emotivo.


Por vezes estes traços são tão intensos e dominam o funcionamento da pessoa de tal forma que condicionam a capacidade de pensar, de expressar afetos e interagir com os outros, causando sofrimento ao próprio ou aos que o rodeiam. Nestas situações, estamos perante uma Perturbação da Personalidade.


Acontece as perturbações da personalidade potenciaram o desenvolvimento de patologias, como a depressão ou ansiedade, o que pode dificultar o diagnóstico. A pessoa sente algumas melhoras e alívio dos sintomas com a medicação, mas acaba por não produzir grande efeito. Nestes casos, é de considerar as patologias associadas à personalidade estejam a considerar a eficácia terapêutica.

É igualmente comum a comorbilidade entre patologias de personalidade distintas.


Existem três grandes blocos de patologias personalísticas que podem ser agrupadas em função do seu modo de funcionamento predominante:


Os traços personalísticos vão-se fundamentando desde a infância, conjuntamente com o desenvolvimento neurológico, até à adultez, por influência social e cultural.

Estima-se que mais de 10% da população tenha uma ou mais perturbações da personalidade. Na sua origem há que considerar fatores genéticos, sociais e afetivos associados ao contexto onde a pessoa está inserida. Um ambiente familiar empobrecido do ponto de vista afetivo, traumas, abusos físicos e psicológicos estão fortemente relacionados com o desenvolvimento de patologias associadas à personalidade.


A avaliação da perturbação de personalidade é feitos por psicólogos, através de instrumentos diferenciais validados.


Nas Perturbações da Personalidade a psicoterapia deve ter como objetivo o suporte, a psicoeducação e o desenvolvimento de estratégias adaptativas, em vez da mudança nos processos mentais. Ainda assim, é muito comum a pessoa desistir por "não ver resultados", não considerando que o seu modo de Ser está a condicionar o processo terapêutico.


Helena Coelho, psicóloga @psicomindcare






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