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As suas emoções também espelham o estado da sua relação afectiva



Quanto mais sentir que o relacionamento com o(a) seu(sua) parceiro(a) é satisfatório, maior se tornará a sua capacidade de resiliência e de resposta a situações stressantes do dia a dia.

Este estado ideal tem muito de adquirido, isto é, passa por um processo de aprendizagem acerca da gestão de emoções, que têm sobretudo um papel adaptativo com vista à nossa sobrevivência.

Resumidamente, as emoções informam sobre:

- o nosso estado interno;

- como os outros sentem as nossas emoções e, consequentemente, a interação entre nós e eles e vice versa;

- a nossa interpretação dos acontecimentos;

- posicionam-nos para a acção.

Assim, as nossas emoções determinam as respostas (não só emocionais como também cognitivas) que damos. No campo afectivo, estudos vêm demonstrando que relações afectivas de boa qualidade vividas na infância potenciam maior resiliência a experiências menos agradáveis no futuro. Tal é verdadeiro para com qualquer relação interpessoal.

Consideram-se relações saudáveis de namoro ou entre cônjuges, aquelas em que ambos os parceiros:

- partilham os mesmos valores e objectivos de vida e estão decididos a fazer esse percurso juntos;

- não guardam segredos, promovem a confiança mútua, discutem qualquer assunto abertamente, independentemente da opinião de cada um;

- independentemente da relação que partilham, cada elemento do casal mantém a sua identidade pessoal;

- apoiam-se mutuamente, crescem e evoluem juntos, tomando o/a parceiro/a como elemento inspirador - os sonhos / projectos de vida do parceiro são assumidos mutuamente e complementarmente;

- confiam no outro as suas necessidades pessoais e as suas dúvidas;

- espeitam as suas diferenças, disponibilizam-se para as conhecer (e não só o que querem escutar ou entender) e transformam-nas em aprendizagens;

- Riem e divertem-se juntos;

- demonstram afecto;

- surpreendem-se positivamente;

- convivem com outros.

Pelo contrário, o poder, o controlo, a ditadura dos ciúmes, o domínio do comportamento do outro, a pressão, a intimidação de forma verbal, gestual ou com acções físicas conduzem ao desrespeito e são características de relações não saudáveis e toxicas.

Não se nasce a saber-se amar. Aprende-se a amar. Para isso, comece por aprender a reconhecer os seus próprios erros, comunique, não se perca a fantasiar, reavalie as suas expectativas com base no real.

Alice Patrício, psicóloga @Psicomindcare


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